segunda-feira, 11 de maio de 2009

G-3, G-20, ALCA



G-3 OU FÓRUM IBAS é o Fórum de diálogo entre a ÍNDIA, o BRASIL e a ÁFRICA DO SUL


O Fórum IBAS é uma iniciativa trilateral entre Índia, Brasil e África do Sul, desenvolvida no intuito de promover a cooperação Sul-Sul. Como resultado das discussões entre os Chefes de Estado e/ou o Governo dos países do IBAS, na reunião do G-8, que ocorreu em Evian em 2003, e das conseqüentes consultas trilaterais. O lançamento do Fórum de Diálogo IBAS foi formalizado, a partir da adoção da “Declaração de Brasília”.
Os objetivos principais do Fórum do Diálogo IBAS são:
- promover o diálogo Sul-Sul, a cooperação e posições comuns em assuntos de importância internacional;
- promover oportunidades de comércio e investimento entre as três regiões das quais os países fazem parte;
- promover a redução internacional da pobreza e o desenvolvimento social;
- promover a troca de informação trilateral, melhores práticas internacionais, tecnologias e habilidades, assim como cumprimentar os respectivos esforços de sinergia coletiva;
- promover a cooperação em diversas áreas, como agricultura, mudança do clima, cultura, defesa, educação, energia, saúde, sociedade de informação, ciência e tecnologia, desenvolvimento social, comércio e investimento, turismo e transporte.
O Fórum de Diálogo IBAS promove consultas regulares nos níveis de Oficial Sênior (Pontos Focais), Ministeriais (Comissões Mistas Trilaterais) e Chefes de Estado e/ou Governo (Cúpula), mas facilita também a interação entre acadêmicos, iniciativa privada e outros membros da sociedade civil.
G-20
O G-20 é um grupo de países em desenvolvimento, criado em agosto de 2003, com interesse especial em agricultura.
O Grupo dos 20 , foi proposto como um novo fórum para cooperação e consulta nas matérias pertinentes ao sistema financeiro internacional. Este grupo estuda, revisa e promove a discussão entre os principais países industriais e emergentes. É integrado pelos ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais do G7 e de outros 12 países chaves, além do Banco Central Europeu.
O objetivo primário do G20 é discutir e desenvolver políticas de promoção do crescimento sustentado da economia global. Ele faz isto em parte pela promoção de política compatível com o Acordo de Crescimento Segurado do G20, aprovado em 2004.
Objetivo é:
- a eliminação de restrições no movimento de capital internacional;
- desregulação das condições de mercado de trabalho flexíveis;
- privatização ;
- garantia de direitos de propriedade intelectual e de outros direitos de propriedade privada;
- criação de um clima de negócios que favoreça a realização de investimentos estrangeirodiretos;
- liberalização do comercio global (pela OMC e por acordos bilaterais de comércio) .
Em 2006, o tema da reunião do G20 foi “Construindo e Sustentando a Prosperidade”. As questões discutidas incluiram:
- reformas domésticas para realizar o “crescimento sustentado”,
- energia e mercados globais de commodities,
- a 'reforma' do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional,
- o impacto de mudanças demográficas decorrentes do envelhecimento da população.
ALCA
É Área de Livre Comércio das Américas, idealizada pelos Estados Unidos, que prevê a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados. O início do livre comércio estava previsto para 2006.
Participam da ALCA todos os países das três Américas, exceto Cuba. São 34 nações ao todo.
Perspectivas
Quando estiver em pleno funcionamento, a Alca será um dos maiores blocos econômicos do mundo. Na América do Norte, já funciona o bloco econômico NAFTA ( Estados Unidos, Canadá e México ) e na América do Sul, o Mercosul ( Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai ).Em funcionamento, a Alca terá, aproximadamente um PIB (todos os países juntos) de US$ 12 trilhões e uma população de cerca de 850 milhões de habitantes.

Dificuldades de Implementação

Os Estados Unidos estão na liderança da implementação da Alca, por se tratar da maior economia da América. Interessados na abertura total dos mercados, encontram resistências de países em desenvolvimento, temerosos da implantação da Alca. Este medo vem justamente de fraquezas econômicas e pouco desenvolvimento em áreas industriais. Uma abertura geral poderia provocar a ruína de parques industriais nestes países.O Brasil tem defendido a idéia de uma abertura gradual e de negociações feitas em blocos. Desta forma, o Brasil ganharia mais força para negociar com os Estados Unidos.
Muitos países em desenvolvimento da América Central e do Sul precisariam de investimentos bilionários em infra-estrutura para que suas economias suportem a entrada num mercado econômico do porte da Alca. Setores como o de transportes, telecomunicações, energia, água, portos e aviação devem ser reestruturados. Também existem barreiras internas nos Estados Unidos, pois em 1997 o então presidente Bill Clinton, não conseguiu aprovar no Congresso o chamado fast track, que seria a via rápida para a implementação da Alca. Muitos sindicatos patronais e de trabalhadores, resistem a idéia da Alca por temerem a concorrência de produtos estrangeiros. Os trabalhadores, por exemplo, temem o desemprego com o funcionamento Alca.
Um caminho inevitável
Com a globalização da economia mundial, a formação de blocos econômicos é inevitável para as economias dos países. Estes blocos proporcionam redução nas tarifas alfandegárias, facilitam a circulação de mercadorias e pessoas, alem de fomentar o desenvolvimento de infra-estrutura nos países participantes. Porém, o ideal é que estes blocos funcionem de tal forma que todos os países ganhem com este processo. No futuro, economistas dizem que as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos. Ficar fora deles não será a via mais inteligente para países que pretendem o crescimento industrial, melhorias sociais e aumento do nível de empregos.


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